COLETIVA TIMBAUBENSE
Daslan Melo Lima
Esta exposição reune as obras de quatro artistas plásticos timbaubenses, cada um com suas particularidades.
JOSELMA DE MELO, ÚNICA E MÚLTIPLA
Quando ela passa
pelas ruas, com sol ou chuva, exoticamente vestida, está captando inspirações
para suas telas abstratas e figurativas. Um festival iluminado de tons
singulares, alegres ou sombrios, por mais paradoxal que seja, domina os quadros
de Joselma de Melo.
Os tons tomam a
forma do seu momento – da artista e dos amantes de arte – numa sinfonia única e
múltipla.
O que mais me impressiona na obra
de Kênia Rocha é a consagração mística das coisas simples, tais como as
pedrinhas que ela transforma numa sinfonia de cores. Objetos que qualquer
ser humano descartaria, rotulando-os de inúteis, ganham nas suas mágicas
mãos uma sofisticação jamais vista, sem anular a origem simples dos
mesmos. E daí, aquele pedaço de madeira, aquela velha câmara
fotográfica, renascem para mais um ciclo de vida.
O que
mais posso dizer de Kênia Rocha? Nada, apenas desejar mil vivas e
mil vidas para a sacerdotisa das coisas simples.
MARCELO SOARES, A FORÇA DE UMA REGIÃO
Marcelo Soares viveu um tempo no Rio de
Janeiro. Estava tudo bem com ele, materialmente falando. Mas faltava algo. Ele
sentia uma saudade imensa das coisas do Nordeste, uma nostalgia dos lugares e
das pessoas, gratas e mágicas inspirações da sua obra. Voltou. Fixou residência
em Timbaúba. Sossegou. No sentido artístico, a inquietação continuou, com
retirantes, pilões, violeiros, feirantes... Figuras que encerram em si o tom
preciso de uma região que cheira a sol, sal, cana, paixão...
Em suas telas, abstratas ou figurativas, impera um quê do olhar infantil sobre os temas escolhidos pela Martha adulta, com segurança, recheada de uma leveza extraordinária para os olhos dos amantes da arte.
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